Segmentos

Aproveitamento de Resíduos

A produção de açúcar e etanol gera volumes significativos de resíduos orgânicos, como o bagaço da cana, a vinhaça, a torta de filtro, entre outros. Em vez de descartá-los ou utilizá-los de forma limitada, esses materiais podem ser direcionados à produção de biogás por meio da digestão anaeróbia.

O bagaço, rico em carbono, e a vinhaça, carregada de nutrientes, servem como substratos ideais para biodigestores. Além de reduzir o impacto ambiental, a transformação desses resíduos em biogás cria novas possibilidades de uso energético, como geração de eletricidade ou biometano, reforçando a sustentabilidade do setor.

Tecnologias de Digestão Anaeróbia no Setor Sucroenergético

Avanços tecnológicos em biodigestores têm revolucionado o tratamento de resíduos líquidos e sólidos no setor sucroenergético. Integrar essas tecnologias às plantas industriais de etanol aumenta a eficiência energética e reduz os impactos ambientais.

Biogás na Matriz Energética das Usinas

O biogás está ganhando espaço como uma fonte versátil nas usinas. Ele pode ser usado para cogeração de energia elétrica e térmica, substituindo combustíveis fósseis no transporte e reduzindo emissões de carbono. Com isso, o setor sucroenergético dá um passo importante em direção à autossuficiência energética e/ou na aumenta oferta de novos produtos eneregéticos no mercado.

Biometano e Logística Sustentável

O biometano, obtido pela purificação do biogás, é um combustível renovável que pode transformar a logística das usinas.

Frotas de caminhões movidos a biometano substituem o diesel, reduzindo custos operacionais e emissões de gases de efeito estufa. Além disso, o biometano pode ser utilizado em processos industriais, fechando o ciclo de sustentabilidade das operações. Assim como, é um insumo estratégico para produção de hidrogênio renovável, produção de SAF e SMF.

Integração de Biogás e Etanol (1G, 1,5G, 2G)

A produção de etanol de segunda geração (2G) utiliza resíduos lignocelulósicos, como o bagaço e a palha de cana, gerando subprodutos como a vinhaça 2G. Esse resíduo é especialmente rico em matéria orgânica e pode ser aproveitado para a geração de biogás, aumentando o potencial energético da usina. A complementaridade entre o biogás e o etanol 2G cria um ciclo produtivo mais eficiente e sustentável, reduzindo os resíduos finais e gerando energia limpa para consumo interno ou externo.

Papel do Biogás na Descarbonização do Setor Sucroenergético

A descarbonização do setor sucroenergético é uma prioridade global, e o biogás desempenha um papel essencial nesse processo. Ao converter resíduos como vinhaça e bagaço em energia renovável, o biogás substitui combustíveis fósseis e reduz as emissões de gases de efeito estufa. Além disso, a utilização de biometano promove uma logística sustentável, diminuindo a pegada de carbono das operações. Esses avanços fortalecem o alinhamento do setor com compromissos ambientais e metas ESG, agregando valor econômico e ambiental.

Economia Circular no Setor Sucroenergético

O conceito de economia circular é fundamental no setor sucroenergético, onde resíduos como bagaço e vinhaça são transformados em biogás e biofertilizantes. Esse modelo não apenas reduz a quantidade de resíduos gerados, mas também adiciona valor aos subprodutos. O biogás pode ser usado para energia e calor, enquanto os biofertilizantes enriquecem o solo. Assim, o setor fecha ciclos produtivos e promove uma operação mais eficiente e sustentável, alinhada às demandas por responsabilidade ambiental.

Políticas e Incentivos para o Uso de Biogás

O programa RenovaBio é um marco para o setor de biogás, valorizando o biometano através dos Créditos de Descarbonização (CBIOs). Além disso, políticas públicas e linhas de financiamento incentivam a instalação de biodigestores e tecnologias associadas. Esses programas aumentam a competitividade do biogás, tornando-o uma solução viável e sustentável para o setor sucroenergético.