Linha do Tempo

Linha do tempo do biogás: conectando o passado, compreendendo o presente, construindo o futuro.

Nossa linha do tempo do biogás é um espaço dedicado a registrar os marcos mais importantes do setor, no Brasil e no mundo, conectando o passado, o presente e as perspectivas futuras.

Aqui, destacamos desde as iniciativas pioneiras e avanços tecnológicos históricos até os acontecimentos atuais que posicionam o biogás como protagonista na transição energética global. O objetivo deste projeto é documentar, organizar e disponibilizar essas informações para oferecer aos nossos leitores um panorama completo da evolução do biogás, inspirando novos caminhos para a inovação, a sustentabilidade e o desenvolvimento socioeconômico.

  • 1776
    Descoberta do Gás Metano

    Em 1776, Alessandro Giuseppe Antonio Anastasio Volta (1745-1827) coletou gás subindo em pequenas bolhas provenientes de material orgânico em decomposição das águas lamacentas do Lago Maggiore. Ele chamou o gás de "ar inflamável nativo dos pântanos" (aria infiammabile dalle paludi). Alessandro Volta havia descoberto então o metano, um hidrocarboneto incolor e inodoro, que é o principal componente do biogás. Sua descoberta está registrada em “Lettere del sig. don Alessandro Volta sull'aria infiammabile nativa delle paludi (1776)”.

    Descoberta do Gás Metano
  • 1897
    A primeira planta de produção de biogás

    Índia: pioneira em biogás. De acordo com a Indian Biogas Association, a primeira planta de biogás foi instalada em Matunga, Bombaim (atual Mumbai), no Asilo de Leprosos Sem-teto, hoje o Hospital Municipal de Hanseníase de Acworth. O projeto foi liderado pelo engenheiro civil britânico Charles James, que utilizou a tecnologia para tratar o esgoto da instalação, gerando biogás como subproduto. Este marco histórico foi o ponto de partida para o uso do biogás na Índia, que desde então tem abastecido cozinhas, instalações comunitárias e fazendas leiteiras, consolidando o país.

    A primeira planta de produção de biogás
  • 1890
    Gás para uso na iluminação

    Em Exeter, Inglaterra, foi projetada uma fossa séptica para produção de gás para uso na iluminação pública.

  • 1920
    Tanque digestor (reator)

    Na Alemanha, Karl Imhoff desenvolveu um tanque digestor (reator), que ganhou o nome de tanque de Imhoff.

  • 1939
    Usina de biogás de esterco

    Em Kampur, na Índia, o Instituto Indiano de Pesquisa Agrícola desenvolveu a primeira usina de gás de esterco.

  • 1960
    Digestores de Biogás - Marinha I

    Na década de 1960, o engenheiro Bela John Edward Zettl liderou o desenvolvimento dos biodigestores modelo Marinha no Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM). Esses reatores anaeróbios, denominados MARINHA I, II e III, foram projetados para produzir biogás e biofertilizante a partir de resíduos orgânicos, com destaque para o modelo MARINHA I, fabricado em fibra plástica, portátil e eficiente. Zettl, pioneiro em energias renováveis, acumulou patentes e publicações que marcaram o seu pioneirismo no avanço tecnológico do biogás no Brasil.

    Digestores de Biogás - Marinha I
  • 1979
    Biodigestor da Embrater

    Em Brasília, na Granja do Torto, a Embrater instalou o seu primeiro biodigestor.

  • 1982
    Primeiro caminhões a biogás

    Lançamento do primeiro caminhões movido a gás metano/biogás do pais, o VW 140 Volkswagen Caminhões & Ônibus.

  • 2003
    Programa Cultivando Água Boa

    Criado em 2003 pela Itaipu Binacional, o programa Cultivando Água Boa promoveu ações socioambientais para conservação hídrica, recuperação de microbacias, agricultura sustentável e uso de biogás. Atuando em 29 municípios, mobilizou comunidades e parceiros, sendo premiado pela ONU em 2015. Sua metodologia inspira projetos no Brasil e no exterior.

    Programa Cultivando Água Boa
  • 2004
    Primeiro projeto MDL de Biogás no Brasil

    Em 2004, foi registrado o primeiro projeto de MDL no Brasil com biogás, o NovaGerar, em Nova Iguaçu (RJ). O projeto envolveu a captura e queima de gás de aterro (LFG) nos aterros Marambaia e Adrianópolis, reduzindo emissões de metano, gerando eletricidade e promovendo benefícios ambientais e sociais. Em 2004, com capacidade de até 27,64 MW, visava reduzir cerca de 4,19 milhões de tCO2e. O projeto destacou-se como pioneiro na sustentabilidade e no uso de tecnologias limpas no Brasil.

    Primeiro projeto MDL de Biogás no Brasil
  • 2007
    Experiência da Itaipu Binacional e Copel

    Itaipu Binacional e Copel iniciam experiências com objetivo de viabilizar a compra de energia elétrica por geração distribuída, oriunda de biogás produzido por tratamento da biomassa residual de criatórios, especialmente de suínos, no Estado do Paraná.

  • 2008
    Primeiro projeto de GD Biogás

    Em 2008, importantes avanços no uso de biogás como fonte de energia foram registrados no Paraná. Em 10 de janeiro, a Granja Colombari, em São Miguel do Iguaçu, teve sua conexão ao Sistema Interligado Nacional (SIN) testada e aprovada pela Copel. Em julho, a ANEEL autorizou a Copel a adquirir energia elétrica proveniente de biogás gerado pelo tratamento de biomassa residual. Já em novembro, a Copel lançou um edital para compra de energia distribuída produzida por biomassa residual.

  • 2009
    Geração de energia a partir de biogás no Paraná

    Em 3 de março de 2009, a Copel firmou contratos com quatro empresas fornecedoras de energia, incluindo a pioneira Granja Colombari. Essas empresas operavam um total de seis plantas de geração de energia a partir de biogás, marcando um importante avanço na utilização de biomassa residual como fonte de energia renovável no Paraná.

  • 2013
    Laboratório de Estudos em Biogás (SC)

    Inaugurado em 2013 na Embrapa Suínos e Aves, em Concórdia (SC), o Laboratório de Estudos em Biogás é pioneiro em Santa Catarina e resultado de parcerias com SCGÁS, DBFZ e GIZ, além do apoio da BGT Energie. Focado na análise físico-química de resíduos orgânicos, como dejetos suínos, avalia o potencial de geração de biogás por decomposição anaeróbia, seguindo normas internacionais. A estrutura permite aprimorar pesquisas, dimensionar plantas de biogás e atender demandas de agroindústrias e produtores via convênios. Com tecnologia de ponta, contribui para estudos que integram biogás à matriz energética.

    Laboratório de Estudos em Biogás (SC)
  • 2013
    CIBiogás - Centro Internacional de Energias Renováveis - Biogás

    O CIBiogás foi fundado em 2013 no Parque Tecnológico Itaipu (PTI-BR), como resposta à demanda da Itaipu Binacional por soluções sustentáveis. Suas origens remontam a 2008, com a criação da Assessoria de Energias Renováveis (ER.GB), fruto de um Memorando de Entendimento entre UNIDO, Eletrobrás e Itaipu, que impulsionou o Projeto FINEP para Geração Distribuída, com destaque para a Granja São Pedro Colombari. Em 2011, foram criados o Laboratório de Biogás e o Centro de Estudos do Biogás, que culminaram na consolidação do CIBiogás como uma Instituição de Ciência e Tecnologia (ICT). Desde então, o centro promove inovação tecnológica no setor de biogás, desenvolvendo projetos como microgrids, biocombustíveis e estudos sobre hidrogênio verde e hidrocarbonetos renováveis com balanço neutro de carbono.

    CIBiogás - Centro Internacional de Energias Renováveis - Biogás
  • 2013
    ABBM - Associação Brasileira de Biogás e Metano

    A ABBM nasceu de um esforço de cooperação iniciado no Rio Grande do Sul em 2010, por meio de um convênio firmado entre o Centro Alemão de Pesquisa em Biomassa de Leipzig (DBFZ), a Universidade de Rostock e as universidades gaúchas UFRGS, UFSM e UNIJUI, com o apoio de empresas privadas e prefeituras locais. O convênio, elaborado por Mario Coelho (Ecoterra-Bio) e Walter Stinner (DBFZ), tinha como objetivo fomentar a criação e o desenvolvimento do setor de biogás no Sul do Brasil. Oficialmente constituída em 2013, após assembleia geral de associados. Entre os membros fundadores, José de Souza e Mario Coelho já exerceram a presidência da associação. O CNPJ foi registrado em 16/01/2014.

  • 2013
    ABiogás - Associação Brasileira do Biogás e Biometano

    Criada em 19 de dezembro de 2013, em assembleia geral realizada em São Paulo, a Associação Brasileira do Biogás e Biometano (ABiogás) surgiu com o propósito de liderar o desenvolvimento do setor e propor uma política nacional para biogás e biometano. Inicialmente presidida por Cícero Bley, seguida por Alessandro Gardemann, a ABiogás sempre contou com profissionais de destaque, como Camila Agner D’Aquino, Alessandro Sanches e Tamar Roitman, que atuaram como gerentes executivos. Na gestão atual, a entidade é liderada por Renata Isfer como Presidente Executiva, com Alesson Tadeu como Gerente Corporativo, reforçando seu compromisso com o crescimento do setor. CNPJ com data de abertura: 30/01/2014.

  • 2018
    1º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano

    O maior fórum do setor de biogás no Brasil teve sua 1ª edição regional em 2018, em Foz do Iguaçu/PR, no formato de Fórum Sul Brasileiro. Realizado por CIBiogás, Embrapa Suínos e Aves e UCS, o evento promove debates qualificados e conexões de negócios, reforçando o Brasil como referência mundial em biogás e biometano. Em 2024, na 6ª edição, foram 771 inscritos em Chapecó/SC, com representantes de 14 países e 16 estados brasileiros. De 08 a 10 de abril de 2025, o Fórum volta ao Rio Grande do Sul, onde nasceu em 2017 como evento estadual.

    1º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano
  • 2022
    Museo do Biogás

    O vilarejo de Hailong, em Sichuan na China, foi pioneiro no uso de biodigestores nos anos 1970. Com passar do tempo, mais de 200 biodigestores foram abandonados com a migração urbana. Em 2018, sob a liderança de Xiong Jian, iniciou-se a revitalização rural, restaurando biodigestores e criando o “Parque de Exposições de Biogás da China”, com um museu sobre a história do biogás. A vila combina agricultura sustentável, turismo e preservação cultural, tornando-se referência em baixo carbono e fortalecendo sua economia com educação.

    Museo do Biogás
Qual é a importância da linha do tempo?

Qual é a importância da linha do tempo?

A linha do tempo do setor de biogás é uma ferramenta essencial para compreender a evolução desse mercado estratégico, destacando marcos históricos, avanços tecnológicos e transformações regulatórias no Brasil e no mundo. Por meio dela, é possível visualizar como o biogás passou de uma solução local para tratamento de resíduos a um elemento-chave na transição energética global e na economia circular.

No Brasil, a linha do tempo evidencia o aproveitamento do vasto potencial agroindustrial e pecuário, com momentos como a introdução dos primeiros biodigestores agrícolas, os modelos Marinha I, II e III, e o marco regulatório do biometano, que consolidou seu uso como combustível sustentável. Ela também destaca programas como o RenovaBio e iniciativas regionais que impulsionam a bioeconomia e a geração descentralizada de energia.

Globalmente, a linha do tempo mostra a adoção do biogás em países pioneiros como Índia e China, o papel do biogás europeu na descarbonização e a ascensão de tecnologias avançadas, como o biometano e o hidrogênio verde. Esses registros conectam políticas públicas, inovação tecnológica e metas de sustentabilidade, inspirando novos negócios e fomentando a pesquisa.

A linha do tempo do biogás não apenas documenta o passado, mas orienta o presente e projeta o futuro, promovendo educação, inovação e maior conscientização sobre o papel dessa energia renovável no desenvolvimento sustentável.

Explorando a Cronologia do Setor de Biogás

Explorando a Cronologia do Setor de Biogás

  1. Resgate histórico e valorização de pioneiros - Preserva e destaca os principais protagonistas e suas contribuições, desde os primeiros biodigestores até os avanços modernos, garantindo que seu legado seja reconhecido.
  2. Compreensão das bases tecnológicas - Facilita a compreensão da evolução das tecnologias, como a criação dos biodigestores e a melhoria dos sistemas de digestão anaeróbia ao longo do tempo.
  3. Evolução regulatória e política - Destaca marcos regulatórios como o RenovaBio no Brasil e políticas europeias que estruturaram o crescimento e a sustentabilidade do biogás.
  4. Monitoramento do impacto ambiental - Demonstra como o biogás contribui para a gestão de resíduos e redução das emissões de gases de efeito estufa, essencial para a transição energética.
  5. Desenvolvimento de mercados e integração global - Mostra como o biogás se expandiu globalmente, conectando inovações e fomentando o desenvolvimento de novos mercados e parcerias internacionais.
História em Construção

História em Construção

Deixe sua marca na história do biogás: contribua com novos marcos e inspire o futuro!

A linha do tempo do setor de biogás ainda está em constante construção e nesse instante não contempla todos os marcos importantes relacionados ao uso comercial de sistemas anaeróbios para produção de biofertilizantes e biogás. Sabemos que muitos momentos históricos ainda precisam ser incluídos, e sua contribuição pode fazer a diferença.

Envie suas sugestões de marcos temporais, datas e fatos importantes pelo nosso formulário de contato e ajude a enriquecer essa cronologia.

Aviso!

O conteúdo do projeto "Memória do Biogás" e da página "Linha do Tempo" é protegido por direitos autorais, conforme a Lei nº 9.610/1998. Fruto de horas de pesquisa, entrevistas, investigação e redação jornalística, esse material é original e exclusivo do Portal Energia e Biogás. A reprodução, distribuição ou qualquer uso não autorizado é proibido. Para citar ou referenciar, é necessária autorização prévia.
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